Para o Coletivo Sistema Negro, música, identidade, negritude e cidadania andam juntos. O grupo começou a partir de quatro negros que circulando e tocando pelo centro expandido de São Paulo, em áreas abastadas, viam pessoas com a mesma cor de pele que eles carregando equipamentos, na produção dos eventos, mas nunca em posição de destaque. Conversaram sobre o tema e se uniram para mudar o cenário. “Começamos a fazer o coletivo primeiro com festas e depois começamos a ver outras potências nisso. As ações que a gente promove têm o diferencial de que os negros são protagonistas”, diz Oga Mendonça.
Boa parte dessas ações acontecem hoje no digital e na área da cultura, mas visitas a ambientes corporativos com poucas pessoas negras em posições de destaque e um podcast para discutir com profundidade o racismo estrutural da sociedade estão nos planos para 2017. “O negro é enxergado como provedor de diversão: te dá música, te dá futebol, te dá sexo. Além da parte da cultura e da diversão, a gente também se coloca no espaço intelectual”, diz a publicitária Joana Mendes.
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